A ayahuasca e a psilocibina são substâncias psicodélicas que afetam o funcionamento do cérebro, especialmente as regiões relacionadas à percepção, emoção e consciência.
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Vou explicar brevemente como cada uma delas age:
Ayahuasca:
A ayahuasca é uma bebida tradicionalmente utilizada em cerimônias de rituais de cura e religiosos em algumas culturas indígenas da Amazônia.
É uma combinação de duas plantas: a videira Banisteriopsis caapi, que contém substâncias conhecidas como inibidores da monoamina oxidase (IMAOs), e as folhas do arbusto Psychotria viridis, que contêm um composto chamado DMT (dimetiltriptamina).
Os IMAOs da ayahuasca atuam bloqueando a ação da enzima monoamina oxidase no cérebro, que normalmente degradaria o DMT antes que ele pudesse ter algum efeito psicodélico. Dessa forma, os IMAOs permitem que o DMT seja absorvido e atue no cérebro.
O DMT é um agonista dos receptores de serotonina, especialmente dos subtipos 5-HT2A, presentes no cérebro. Ao se ligar a esses receptores, o DMT produz uma variedade de efeitos, como mudanças na percepção, alucinações visuais, intensificação das emoções e alterações na consciência.
Psilocibina:
A psilocibina é o princípio ativo encontrado em certos cogumelos psicodélicos, como os do gênero Psilocybe. Quando ingerida, a psilocibina é convertida em psilocina no organismo, que é o composto responsável pelos efeitos psicodélicos.
A psilocina também é um agonista dos receptores de serotonina, principalmente os subtipos 5-HT2A. Ao se ligar a esses receptores, a psilocina produz efeitos semelhantes aos do DMT, incluindo alterações na percepção sensorial, alucinações, mudanças na cognição, emoções intensificadas e experiências místicas ou espirituais.
Acredita-se que a ativação desses receptores e os efeitos resultantes da ayahuasca e da psilocibina estejam relacionados a alterações na conectividade e na comunicação entre diferentes regiões cerebrais, especialmente aquelas envolvidas no processamento sensorial, no controle emocional e na reflexão introspectiva.
Públicidade:
Posso fazer o uso da ayahuasca acompanhada com cogumelos mágicos?
O uso combinado de ayahuasca e cogumelos mágicos (psilocibina) pode resultar em uma experiência psicodélica extremamente intensa e imprevisível. Ambas as substâncias afetam o sistema nervoso central e atuam como agonistas dos receptores de serotonina, o que pode levar a uma potencialização dos efeitos.
É importante entender que essas substâncias psicodélicas têm efeitos psicoativos poderosos e podem causar experiências profundas e desafiadoras. A combinação de diferentes substâncias psicodélicas pode aumentar os riscos e a intensidade dos efeitos colaterais, como alterações na percepção, alucinações, aumento da ansiedade ou pânico.
Além disso, a ayahuasca é frequentemente usada em contextos tradicionais e rituais específicos, que envolvem uma preparação cuidadosa, orientação de guias experientes e um ambiente adequado. A combinação com cogumelos mágicos pode alterar a dinâmica dessa experiência e pode não ser aconselhável para todos.
Se você estiver considerando essa combinação, é altamente recomendável buscar orientação de profissionais qualificados, como médicos, terapeutas ou guias experientes em cerimônias tradicionais. Eles podem fornecer informações específicas, considerando sua situação de saúde, histórico pessoal e contexto individual. Eles podem ajudar a avaliar os riscos e fornecer orientações adequadas para o uso responsável dessas substâncias.
Lembre-se de que a segurança e o bem-estar são fundamentais ao explorar experiências psicodélicas, e um ambiente adequado, suporte emocional e orientação adequada podem desempenhar um papel crucial nesse processo.
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IMAOs e Enzimas
As enzimas são proteínas especializadas que atuam como catalisadores biológicos, acelerando as reações químicas no organismo. Uma das enzimas importantes no contexto dos IMAOs é a monoamina oxidase (MAO). Existem dois tipos principais de MAO: MAO-A e MAO-B. Essas enzimas desempenham um papel crucial na degradação e metabolismo de neurotransmissores monoaminas, como serotonina, dopamina e noradrenalina.
Os IMAOs são substâncias que inibem a ação da MAO, impedindo que ela quebre e degrade os neurotransmissores. Dessa forma, os IMAOs aumentam a disponibilidade de neurotransmissores no cérebro, prolongando a sua ação e intensificando os efeitos dessas substâncias.
Existem diferentes tipos de IMAOs, como os IMAOs reversíveis e os IMAOs irreversíveis. Os IMAOs reversíveis atuam temporariamente, se ligando reversivelmente à enzima MAO e permitindo que ela volte a desempenhar sua função normal após algum tempo. Já os IMAOs irreversíveis se ligam permanentemente à enzima MAO, inativando-a por um período mais longo e requerendo a síntese de novas enzimas para restaurar sua atividade.
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Os IMAOs são utilizados em medicamentos para o tratamento da depressão e outros distúrbios psiquiátricos. No entanto, é importante ter cuidado com o uso de IMAOs, pois eles podem interagir com certos alimentos e outras substâncias, como a tiramina, encontrada em queijos envelhecidos, vinho tinto e alguns alimentos fermentados. Essa interação pode levar a um aumento perigoso da pressão arterial, resultando em uma condição conhecida como crise hipertensiva.
No contexto da ayahuasca, os IMAOs presentes na planta Banisteriopsis caapi são usados para prolongar a ação do DMT (dimetiltriptamina), que normalmente seria rapidamente metabolizado pela enzima MAO no trato gastrointestinal. Ao inibir temporariamente a MAO, os IMAOs permitem que o DMT seja absorvido e atue no cérebro, desencadeando os efeitos psicodélicos característicos da ayahuasca.
É importante ter em mente que o uso de IMAOs deve ser feito com cautela e sob orientação adequada, pois eles podem interagir com outras substâncias e medicamentos, causando efeitos indesejados ou potencialmente perigosos. Sempre procure aconselhamento médico antes de utilizar qualquer substância com IMAOs.
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